No dia 1º de julho é celebrado o Dia
da Vacina BCG, criada em 1921. BCG, ou Bacilo Calmette-Guérin (bacilos
vivos e atenuados), é a vacina de dose única que protege
contra o agente causador da tuberculose (Mycobacterium
tuberculosis ou bacilo de Koch). Mas, ao contrário do que se
acredita, a BCG não protege contra todas as formas de tuberculose. “A vacina se
restringe às tuberculoses mais graves, como a miliar e a meningite tuberculosa,
sendo pouco eficaz contra a forma pulmonar, que é a mais comum”, explica o
médico Paulo Cesar Guimarães, membro do Comitê de Infectologia da
Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro e diretor da Faculdade de
Medicina de Petrópolis (FMP/Fase).
A vacina BCG é um importante item do
calendário de vacinação infantil, e pode ser aplicada nos postos de saúde
pública. Os pré-requisitos para se determinar quem pode recebê-la são poucos.
“Via de regra todos os recém-nascidos devem receber a vacina. As exceções são
as crianças abaixo de 2 kg, ou que apresentem imunodeficiência congênita
ou adquirida, ou com afecções dermatológicas extensas na área da
aplicação da vacina, ou em uso de dose elevada de corticosteroides”, diz o
pediatra e infectologista.
Mesmo sendo uma vacina aplicada
mundialmente, os relatos de efeitos adversos são muitos raros, incluindo a
alergia à vacina. “A situação mais vista nesses poucos casos é
uma adenomegalia (íngua) na axila direita, acompanhada ou não de
febre, e esses casos merecem um parecer médico. A formação de uma pústula
(bolinha de pus vermelha) crescente no local é considerada normal, não havendo
motivo para alarde, já que ela irá regredir e dar lugar à rotineira cicatriz”,
completa Paulo Cesar Guimarães.
A vacina, que por convenção é
ministrada no braço direito do bebê, forma uma pequena cicatriz, que serve como
garantia da eficácia da proteção. Se a lesão provocada pela aplicação da vacina
não acontecer até seis meses após a vacinação, o paciente deve ser
revacinado.
“Mesmo sendo uma das mais conhecidas,
deve-se sempre lembrar que a BCG não é a única vacina que a criança deve
receber. São necessárias todas que estão no Programa Nacional de Imunizações e,
se possível (algumas são pagas), as que se encontram no Calendário
Vacinal da Sociedade Brasileira de Pediatria ou da Sociedade Brasileira de
Imunizações”, ressalta o diretor da Faculdade de Medicina de Petrópolis.
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Departamento de Comunicação Faculdade Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis