sexta-feira, 25 de maio de 2018

Carta da Extensão da FMP/Fase


Nos dias 10 e 11 de maio, a FMP/Fase, através de seu Núcleo Docente e Discente de Extensão Universitária, realizou a I Assembleia de Extensão Universitária da FMP/Fase, tendo como Professores responsáveis: Aline Gaudard e Silva de Oliveira, Ana Maria Auler Matheus Peres, Andrea Moreli Mendes Gualberto, Nathalia Balthazar Martins, Thalita Fialho da Rocha e o Coordenador de Projetos e Extensão, Ricardo Tammela.
Os principais objetivos da Assembleia foram discutir e apontar a Extensão que queremos ser e acumular o debate sobre Extensão Universitária.
 
É importante salientar que a Instituição vem realizando atividades extensionistas através da assistência em saúde, de atividades de educação em saúde de suas unidades de atenção básica, em escolas, através das Ligas Acadêmicas e mais recentemente, nos últimos 5 anos, através da Coordenação de Projetos e Extensão, com a FASE TV e atividades culturais, campanhas sociais e projetos em comunidades ou com grupos em situação de vulnerabilidade.
 
Porém, a Instituição não havia, até o momento, iniciado um debate sobre o perfil de extensão universitária que gostaria de implementar, assim como sua articulação com o ensino e a pesquisa. Nem tampouco havia criado espaços de acúmulo de discussão sobre extensão universitária, seu papel na formação do estudante, seu papel transformador da sociedade, os públicos com quem quer dialogar, suas metodologias e políticas.
 
A Assembleia contou com a participação da Direção da FMP/Fase e da Fundação Octacílio Gualberto, de 78 Alunos dos diferentes cursos da FMP/Fase, 19 Professores, Coordenadores e Dirigentes e 15 convidados externos no dia 10 de maio e de 61 Alunos, 06 Professores e 05 convidados no dia 11 de maio.
 
Entre os convidados externos, recebemos professores e alunos do CEFET, representantes do Conselho Regional de Psicologia, do Conselho Municipal de Saúde, da Escola Popular, do Coletivo Foco, do ITB – Instituto Técnico do Brasil, da Universidade Federal de São João del-Rei, dos Rodoviários, do MUP e o artista plástico Claudio Partes.
 
Os debates foram abertos no dia 10 de maio pelo Assessor de Extensão da Pró-Reitoria de Extensão e ação comunitária da Universidade Federal da Paraíba, Emmanuel Falcão, abordando Extensão Popular, e no dia 11 de maio, pelo Coordenador da Comissão de Ciências Sociais e Humanas em Saúde da ABRASCO – Associação Brasileira de Saúde Coletiva e Professor da UERJ, Martinho Silva, abordando Os espaços e os públicos – As Ciências Sociais e Humanas em Saúde e a Extensão Universitária. Após a introdução dos temas, foi aberta fala aos participantes.
 
A relatoria da Assembleia foi realizada pelos Professores do Núcleo Docente e Discente de Extensão Universitária da FMP/Fase, Professoras Aline Gaudard e Silva de Oliveira, Ana Maria Auler Matheus Peres, Andrea Moreli Mendes Gualberto, Nathalia Balthazar Martins, Thalita Fialho da Rocha e pelos Discentes Gabriela Fernanda Neves de Oliveira, Karine dos Santos Peixoto, Natanael Santos Resende, Tayná de Anchieta Almeida e Vitória Carolina de Oliveira.
 
Como parte da programação da I Assembleia de Extensão Universitária da FMP/Fase, os estudantes presentes elegeram Deborah Cunha Frederico – curso de Administração, Karine dos Santos Peixoto – curso Tecnólogo em Radiologia, e Shirley Ediene Rodrigues – curso de Medicina, como os representantes discentes do Núcleo Docente e Discente de Extensão Universitária da FMP/Fase, tendo como suplência, a estudante Luciene Lopes Baptista – curso de Psicologia.
 
Como resultado da Assembleia, e sendo um de seus objetivos, os participantes presentes no dia 11 de maio aprovaram com aclamação a Carta de Maio de 2018 – Princípios da Extensão Universitária na FMP/Fase.

 
Carta de Maio de 2018

Princípios da Extensão Universitária na FMP/Fase
Aprender fazendo e fazer aprendendo

 
A Extensão Universitária na FMP/Fase terá como propósito fundir o que se aprende, produzi-lo na Universidade e aplica-lo no desenvolvimento de uma comunidade, que tem participação ativa e contribui com a instituição que a beneficia, passando-lhe experiências da vida real, dando crédito aos seus experimentos e justificando o que se realiza nas áreas de ensino e pesquisa¹.
Como Extensão Popular, será um campo social, permeado pela dimensão popular, contribuindo efetivamente para melhorar a sociedade e para que estudantes e professores envolvidos enriqueçam seu saber, participem do crescimento das pessoas e das comunidades¹.
 
Seus principais objetivos serão: promover a interação entre a Academia e a Comunidade, com a troca de saberes e de conhecimentos; desenvolver atividades que propiciem a participação da comunidade como sujeitos, e não como meros espectadores; interligar as atividades de ensino e pesquisa com as demandas da comunidade; priorizar as práticas voltadas para o atendimento de necessidades sociais emergentes, como as ligadas à garantia de direitos, à proteção e empoderamento de grupos em situação de vulnerabilidade, pelo enfrentamento à todos os tipos de violência, à atividades nas áreas de educação, saúde, habitação, meio ambiente, geração de renda, etc. e criar condições para a participação na elaboração de políticas públicas voltadas para a maioria da população, bem como para se constituir em organismo legítimo visando acompanhar e avaliar a implantação delas¹.
 
Assim, a Extensão Universitária da FMP/Fase se pautará preferencialmente pelos princípios abaixo relacionados, tendo prioridade nos programas de fomento e de investimento institucional as atividades extensionistas baseadas nestes princípios.

1.    Deslocar o espaço de aprendizagem para a comunidade, permitindo a construção contínua do saber;

2.    Produzir conhecimento por meio do envolvimento e da troca com a comunidade, respeitando suas demandas e aspirações;

3.    Refletir sobre cidadania, permitindo o conhecimento da realidade social e sua transformação;

4.    Respeitar os valores e tradições da comunidade e se inserir em sua dinâmica;

5.    Valorizar a escuta, o saber popular e o tempo da comunidade;

6.    Ter sensibilidade e solidariedade no olhar para a comunidade;

7.    Permitir que os conhecimentos sejam refinados no cotidiano;

8.    Ser não só a extensão que ocupa o espaço público, mas a extensão que aprende no espaço público (com o serviço público);

9.    Ter a preocupação com sua permanência nos espaços de atuação;

10. Ter caráter emancipatório;

11. Estar perto das pessoas, dialogando através de saberes significativos para as mesmas;

12. Ser um espaço plural de comunhão de diversos saberes;

13. Ser um lugar de encontro entre o Ensino, a Pesquisa, a Extensão e os Movimentos Sociais.




[1] FALCÃO, Emmanuel – Vivência em comunidades: outra forma de ensino, 2014 – João Pessoa, Editora UFPB.






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Departamento de Comunicação Faculdade Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis