terça-feira, 25 de maio de 2010

XV Semana Científica


Ligas do Trauma e Terapia Intensiva participam de atividade em escolas

No mês de maio as Ligas do Trauma e Terapia Intensiva participaram de duas visitas a escolas de ensino fundamental e médio no Rio de Janeiro.
Na Escola São Vicente de Paulo e Escola Parque os acadêmicos de medicina demonstraram técnicas e procedimentos que despertam o interesse pela profissão.


A próxima visita a escola está prevista para o dia 01/06 - Colégio São Bento.

A COPA está chegando, vamos ficar de olho!

Está circulando na internet e precisamos ficar atentos

Há alguns anos, foram lançadas no mercado buzinas acionadas por lata de spray, usadas para sinalização sonora em festas, comemorações e ainda para modificar o timbre de voz, como uma “brincadeira”, através da inalação.
Esse gás é composto de hidrocarbonetos (butano e propano, também encontrado no gás de cozinha), que, ao serem inalados, podem reduzir a quantidade de oxigênio nos pulmões e, conseqüentemente, na corrente sanguínea e demais órgãos. Os efeitos decorrentes são: tontura, dor de cabeça, náuseas, vômitos, confusão mental, agitação, incoordenação motora, sonolência, convulsões, arritmias cardíacas e até a morte.
Diante dessas informações e tendo em vista a proximidade dos jogos da Copa do Mundo, ocasião que o produto fica mais disponível no mercado, fique atento ao uso do produto que pode ter graves conseqüências!!!

Curso de extensão "Analista de Recursos Humanos"


Colesterol e saúde: dicas de nutrição

Patrícia Andrade *

A hipercolesterolemia é caracterizada pela presença de taxas elevadas de colesterol no sangue, acima de 200 mg/dl. Afeta especialmente pessoas acima de 45 anos, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia. Entretanto, devido aos maus hábitos alimentares e ao sedentarismo, cada vez mais jovens têm sido diagnosticados com essa condição.
O colesterol possui funções orgânicas importantes, como a produção de hormônios. Entretanto, em excesso no sangue, representa um dos fatores de risco mais importantes para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
O colesterol é transportado no sangue por lipoproteínas, principalmente de baixa (LDL) e de alta (HDL) densidade. As de baixa densidade (também chamadas de colesterol ruim) permitem que ele se deposite nas artérias. Esse acúmulo forma as placas de ateroma que, com o tempo, podem se desprender dos vasos sanguíneos, promovendo uma obstrução do fluxo sanguíneo nas artérias do coração e do cérebro, dando origem, respectivamente, ao infarto do miocárdio e ao acidente vascular cerebral.
As lipoproteínas de alta densidade (também chamadas de bom colesterol), ao contrário, têm um efeito protetor sobre a saúde cardiovascular, pois carregam o colesterol para fora das artérias. O controle e o tratamento da hipercolesterolemia visam a uma proporção saudável entre as duas frações, de forma que haja menos colesterol ruim e mais colesterol bom. Vale lembrar que uma dieta muito pobre em gordura reduz HDL. Por isso, não adianta somente reduzir a ingestão de gordura da dieta. É importante também cuidar da qualidade da gordura ingerida.
A hipercolesterolemia é uma doença silenciosa e, dessa forma, pode ter como a primeira manifestação um infarto do miocárdio ou mesmo um acidente vascular cerebral. É importante lembrar que quase sempre está acompanhada de outras condições que favorecem a ocorrência desses eventos, como o sedentarismo e a obesidade. Pode ser resultante também de uma predisposição genética ou ainda, ser decorrente de algumas doenças que elevam o colesterol, como o diabetes, o hipotiroidismo, a insuficiência renal e as doenças do fígado.
Através da dosagem sangüínea de colesterol total, de suas frações e dos triglicerídeos (outro tipo de gordura presente na circulação que também que contribui para aumento do risco cardiovascular quando elevada), é feito o diagnóstico.
O tratamento combina reeducação alimentar, prática regular de atividade física, redução ou cessação do hábito de fumar (o cigarro possui inúmeras substâncias que favorecem a oxidação do LDL, aumentando seus depósitos nos vasos sanguíneos), redução da ingestão de bebidas alcoólicas, adequação do peso e técnicas para reduzir o estresse.
Em alguns casos são prescritos medicamentos, especialmente as estatinas, que agem diretamente no fígado, órgão que produz o colesterol, inibindo a ação de uma enzima que produz colesterol.
É ideal seguir uma alimentação rica em alimentos integrais, que possuem vitaminas e minerais importantes no metabolismo das gorduras. Os alimentos como pão branco, arroz branco e macarrão, por serem refinados, perderam esses nutrientes. Importante também uma alimentação rica em fibras como aveia, quinua, germe de trigo, já que as fibras têm propriedades de se ligar ao colesterol, aumentando sua excreção, além de promoverem saciedade e regular o trânsito intestinal.
Imprescindível consumir alimentos ricos em ômega 3, presente em peixes como a sardinha, na semente de linhaça e em vegetais verde-escuros (o ômega 3 reduz a viscosidade do sangue) e se alimentar com uma proporção maior de alimentos de origem vegetal (frutas, vegetais, derivados de soja) e menor de alimentos de origem animal (carnes, leite de vaca, manteiga). Deve-se evitar gordura saturada e trans (presentes em margarinas, fast foods, batatas fritas congeladas, sorvetes, pizza, frituras, carnes gordurosas, embutidos e gordura hidrogenada).
Por muito tempo o abacate foi banido da alimentação pois acreditava-se que ele contribuía para o aumento do colesterol. O abacate é rico em betasitosterol, um fitosterol que compete com o colesterol para ser transportado, reduzindo sua absorção.
O uso prolongado de estatinas pode trazer como conseqüência o cansaço, decorrente da depleção da coenzima Q10, uma substância antioxidante. O abacate é uma das suas principais fontes.

* Patrícia Andrade – Professora de Nutrição do Curso de Especialização em Nutrição Clínica da FMP/Fase.