Nos últimos dias, Petrópolis tem
registrado baixas temperaturas. A proximidade do inverno deixa o organismo mais
frágil, o que proporciona o aumento das infecções das vias respiratórias,
muitas delas agravadas por alergias na área. Nas
vias aéreas superiores temos a rinite, rinossinusite, amigdalites e
otites; nas inferiores, as pneumonias, broncopneumonias e a síndrome
respiratória aguda grave (influenza).
Segundo o infectologista e pediatra Paulo
Cesar Guimarães, diretor da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP/Fase), o
confinamento no inverno favorece a contaminação. “Tanto em casa, como nas
creches, escolas e locais de trabalho, costumamos ficar em ambientes fechados,
sem ventilação, e isso se acentua nos dias frios, aumentando a propagação dos
vírus”, explica.
No caso específico das crianças, além
do confinamento, o médico chama a atenção para o fato de muitas delas terem
rotina excessiva de atividades. “Muitas crianças têm agenda e vida social
incompatíveis com a idade. Ficam cansadas e isso pode afetar a imunidade. Além
disso, ficam expostas à convivência em muitos grupos, o que aumenta as chances
de contágio”, assinala o pediatra e infectologista, que recomenda a todos uma
ação bem simples para evitar gripes e outras infecções: lavar as mãos.
Paulo Cesar Guimarães, que é membro do
Comitê de Infectologia da Sociedade de Pediatria do Estado do RJ, também
recomenda, tanto para crianças quanto adultos, atenção ao Calendário de
Vacinação do Governo, da Sociedade Brasileira de Pediatria e da Sociedade
Brasileira de Imunizações. O médico assinala que a vacinação contra gripe é
importante e ressalta que a vacina imuniza contra gripe e não contra resfriados
e que a imunização se efetiva de duas a três semanas após a aplicação.
“É comum as pessoas dizerem que tomaram
a vacina e dias depois ficaram gripadas. Na grande maioria das vezes
não se trata de gripe e, sim, resfriado que pode ser provocado por vários
vírus e não pelo influenza”, destaca o médico.
O que diferencia a gripe do resfriado é a intensidade de sintomas e o
local das vias respiratórias afetadas. Em geral, nos quadros de gripe os
sintomas são mais intensos e no resfriado são mais leves e têm uma menor
duração. Na gripe pelo influenza, a agressão pulmonar é frequente e grave
(Síndrome Respiratória Aguda Grave).
O diretor da Faculdade de Medicina de
Petrópolis (FMP/Fase) recomenda especial atenção nos casos de
infecções das vias aéreas, inferiores e superiores, no inverno, “É
importantíssimo buscar um serviço de Saúde, para que o diagnóstico e
a conduta terapêutica sejam realizados o mais breve possível”, finaliza.
Dr. Paulo Cesar Guimarães
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Departamento de Comunicação Faculdade Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis